Alunos abusam da ‘tecnologia’ na escola 65s5y

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Professores salientam que embora os colégios proíbam, todos os dias se deparam com os estudantes ouvindo música, trocando mensagens e atendendo telefones em horário de aula 6b1736

A adesão de jovens à tecnologia atualmente é por um lado interessante, mas por outro, alarmante. Interessante, pois a tecnologia possibilita integração, por outro lado, além de se tornar uma cadeia virtual toma espaços inapropriados feitos para contato real e não digital.

Nas vias, nos ônibus, nos bancos, em todo lugar é impossível não encontrar uma pessoa com seu MP3 ouvindo música ou consultando o seu aparelho celular. O problema é quando esse uso da tecnologia chega às salas de aula. Num país onde 50% das crianças entre seis a nove anos têm celular é improvável que elas saibam discernir o local adequado.
O futuro promete cada vez mais o avanço tecnológico e essas crianças estão fadadas a cada dia mais se perderem ao meio do mundo virtual, que priva majoritariamente os interesses pessoais, segundo especialistas.
Os professores alertam que o grave, embora as escolas tenham políticas proibidoras, é possível encontrar alunos ouvindo música com fios discretos de aparelhos, se comunicando por mensagens, assistindo vídeos e muitas vezes até atendendo ligações escondendo a cabeça por baixo da carteira, sob os cabelos ou atrás de um livro didático.

Os docentes advertem, proíbem, às vezes confiscam os aparelhos, mas é inevitável a ousadia de alguns alunos. Basta o professor escrever uma frase no quadro, que já é tempo suficiente para se responder uma mensagem ou fazer uma foto. Um estudo feito com 4.205 estudantes no Brasil mostra que 82,8% dos adolescentes entre 10 e 18 anos têm celular. Logo, o uso indevido e a dependência são crescentes.

“Todos os dias nos deparamos com alunos usando eletrônicos”, afirma a professora de português, Eliara Parro, de 5ª a 8ª série. Ela diz que não é contra o uso da tecnologia, mas do mau uso, principalmente quando o aluno não tem a maturidade de saber usar certas cosias. “O celular é inevitável, não podemos privar o aluno do mundo tecnológico, mas os educandos não têm a consciência do limite. O Brasil já é o país onde os estudantes am menos tempo em sala de aula e ainda querem descontrair”, complementa. Segundo regulamento dos colégios, os aparelhos podem usar os aparelhos no pátio e intervalo das aulas.

Para a professora de química para o ensino médio, Magali Ferreira Tavares, umas das razões dos alunos falarem excessivamente alto nas classes é que estão ouvindo o tempo todo músicas muito alta pelos fones. Os tímpanos vão perdendo cada vez mais a sensibilidade e o aluno tem a impressão de que tem que falar mais alto para ser ouvido. Uma vez que sua audição está acostumada com volumes que extrapolam um nível saudável. “Na hora da aula, para fingirem que estão escutando, geralmente usam apenas um fone”, ressalta.

Sobre as medidas tomadas pelos professores, ambas afirmam que os alunos respeitam, mas para que isso ocorra, eles precisam ser proibidos diariamente e alertados mais de uma vez num mesmo período de 45 minutos. “Um dia uma aluna chegou para mim, mostrando os ‘lindos desenhos’ que acabara de receber de uma amiga através de infravermelho”, comenta a professora Magali.
Os alunos não negam que são usuários de tecnologia pessoal na escola. “Cada professor tem uma postura diferente, tem uns que deixam a gente ouvir música enquanto copia uma matéria do quadro, para não ficar fazendo bagunça”, afirma o aluno Cláudio Marteli, de quinze anos. “Mas tem uns que não tem jeito”, completa.
“Às vezes podemos receber uma ligação importante, daí sempre damos um jeito de atender”, diz Lucas Rodrigues, estudante do primeiro ano.

Priscila Franciscatti, de dezesseis anos, também é usuária das tecnologias em salas de aula. “Dá pra usar meio escondidinho, pra descontrair. Alguns professores vêm e não falam nada, outros já são rígidos”, diz Priscila.
Um estudo intitulado “A geração interativa na Ibero-América: crianças e adolescentes diante das telas”, realizado pelo programa EducaRede, da Fundação Telefônica com pesquisadores da Universidade de Navarra na Espanha, foi feito com 25.467 estudantes e mostrou que o Brasil, dos países da América Latina, se destaca por ter uma geração interativa muito atuante, com alto número de crianças e jovens que não só navegam, mas também produzem conteúdo na internet.

CONSCIÊNCIA E LIMITE
Especialistas alertam e orientam os pais a avaliarem se os filhos realmente precisam de um celular e se ele tem capacidade de usá-lo com responsabilidade, como saber gastar, para quem está ligando e a que horas. Os pais também devem ficar atentos sobre as situações de risco aos quais os filhos podem se expor ao usar o telefone móvel. Dos brasileiros entrevistados (entre 10 e 18 anos), 32,8% dos meninos relataram ter recebido ligações desconhecidas, e as meninas 49,2%. Entre os que relataram ter recebido mensagens obscenas ou pornográficas, 9,8% eram meninos e 3,3% eram meninas.

P.S. Assim que comprei meu celular com Mp3 Player, levava para escola que trabalho e ouvia música circulando pela mesma. Até que fui chamado atenção pela direção, nunca mais fiz isso. Rsrsrsrsrsrs.

Fonte: castrodigital-br.comunicamaranhao.com.

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Sobre o autor Raimundo de Castro | Website 5k1x3c

Sou blogueiro há mais de 16 anos na área de Educação e Concursos, com mais de 6.200 notícias publicadas. Tenho formação como Jornalista Técnico (Registro Nº 1102-MA - Ministério do Trabalho), sou Mestre em Ciência da Computação pela UFMA e atualmente Doutorando em Biotecnologia pela UFDPar. Em tempos de desinformação e fake news, o Castro Digital reafirma diariamente seu compromisso com um jornalismo sério, responsável e confiável. Aqui, você encontra informações seguras e de qualidade. Currículo Lattes.

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